Museu nos "Jogos de Xadrez" em Farroupilha/RS!

No último domingo, 16 de novembro de 2014, 13h30, o Museu Estadual do Carvão esteve em Farroupilha/RS, na serra gaúcha, participando e colaborando com o evento promovido pelo SESC, através dos "Jogos de Xadrez", com a participação do historiador Alexsandro Witkowski.

Alexsandro já desenvolve projeto relacionado a oficinas de xadrez com a comunidade da ONG Ebenezer, de Arroio dos Ratos/RS.

Preparativos para os "jogos de xadrez". Crédito: Sesc - Farroupilha/RS.
O xadrez, ou um jogo muito parecido com ele chamado "chaturanga", considerado precursor direto do xadrez, provavelmente originou-se no norte da Índia por volta de 600 d.C. e, finalmente, migrou para Europa através da China e da Pérsia (atual Irã) durante as chamadas Cruzadas. O antigo jogo baseava-se na estrutura dos exércitos da Índia e de fato era uma forma de passatempo para os governantes, que podiam, no jogo, exercitar o seu pleno controle sobre seus exércitos, assim como fariam no campo de batalha.

O objetivo do jogo é capturar o rei adversário. Muitas vezes é realizado com sacrifício de várias peças, porém, há ocasiões em que os ataques não conseguem penetrar em defesas fortes, então não é aconselhável prosseguir, mudando a tática de jogo. A estratégia é um ponto forte neste jogo, assim, é preciso desenvolver lentamente e com habilidade as jogadas, diminuindo determinados pontos adversários, casas e peças, para poder ganhar espaço ou ganho material que coloque o jogador em superioridade sobre o outro e permita organizar o ataque final que conduza ao mate.

Hoje, outro objetivo – e muito mais importante! – é, como se pode deduzir, o desenvolvimento lógico e racional da mente, pois o xadrez desenvolve um pensamento crítico acerca dos fatos e melhora a capacidade de calcular e desenvolver hipóteses (pensamentos hipotéticos): analisar os fatos partindo de suposições, refletindo e criando possibilidades de jogadas.

O ensino de xadrez está sendo difundido em todas as escolas e instituições por se tratar de uma excelente e poderosa ferramenta educativa, possuindo interdisciplinaridade com várias matérias (matemática, história, geometria, física, geografia, etc.), desenvolvendo nas crianças, adolescentes e adultos o pensamento lógico, raciocínio e paciência como formas de estratégias para o aprendizado, ao exigir um estudo teórico-intelectual, e até mesmo o autocontrole.

O xadrez melhora a capacidade de memorização e estimula o respeito ao próximo, além de criar responsabilidades, prática da cortesia, aprender a ganhar e perder, humildade e perseverança, disciplina, concentração, autoestima, tolerância, estímulo à autonomia, criatividade e imaginação, etc.

Por fim, destacamos que as oficinas de xadrez estimulam a inclusão social, desenvolvendo contextos significativos do uso do conhecimento e relacionando-os com as necessidades do cotidiano das crianças e jovens.

O Museu Estadual do Carvão desenvolve este projeto de ação educativa e social porque é uma contribuição no processo de democratização do conhecimento, formando futuros cidadãos e garantindo uma maior participação cidadã (agente) na vida da sociedade. A intenção é trabalhar dentro de um percurso de desenvolvimento histórico e social, buscando associar o conhecimento do xadrez e suas relações interdisciplinares para elencar elementos que facilitem a compreensão da História, o desenvolvimento de atividades coletivas que fomentam a imaginação, criação e a aprendizagem e sistematização (memorização) de normas (regras), almejando a coletividade e solidariedade. Mais informações com Alexsandro Witkowski.


Mais imagens de Farroupilha/RS e do local do evento estão disponíveis em: clique aqui!

Att.
Equipe do Museu Estadual do Carvão.