Museu do Carvão entra em nova fase


     Inaugurado o Telecentro, a Praça Digital e apresentada a Casa Branca totalmente restaurada.
     Em solenidade realizada na manhã dessa terça-feira (17) foram apresentadas as primeiras obras do projeto revitalização do Museu Estadual do Carvão, localizado no município de Arroio dos Ratos. O projeto é uma parceria entre a  Secretaria de Estado da Cultura, Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital,  Copelmi Mineração Ltda, Companhia Rio-grandense de Mineração e Procergs.
     O Telecentro do Museu disponibilizará acesso público gratuito à internet para a comunidade da região e contará com cinco terminais. A CRM viabilizou a reforma do espaço físico onde funcionará o Telecentro, assim como o mobiliário. Já o suporte técnico, instalações e equipamentos ficaram sob a responsabilidade da Procergs. Além disso, a chamada Praça Digital possibilitará o acesso sem fio na área externa do Museu.
Telecentro levará internet grátis à comunidade da região carbonífera- Foto: Roberto Prym.
             A Casa Branca será sede do futuro Arquivo Histórico da Mineração reunindo o acervo do antigo Consórcio Administrador das Empresas de Mineração (Cadem), composto por documentos administrativos e sindicais, jornais, fotografias, plantas, entre outros – é considerado o maior banco de dados sobre as minas de carvão do Rio Grande do Sul.
Arquivo Histórico da Mineração terá maior acervo já visto no Brasil sobre a temática
      O secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, que no ato representou o governador Tarso Genro, lembrou que conheceu a mineração por meio dos versos do poeta Heitor Saldanha, que se dedicou a retratar a vida dos mineiros. “O governador Tarso Genro, tão logo assumiu, propôs a revitalização dos equipamentos culturais do estado. Aqui no Museu do Carvão tudo foi possível, graças ao conjunto de empresas que estão trabalhando conosco. A cultura tem mais de mil definições, mas eu prefiro a forma sintética que diz que: cultura é tudo aquilo que é produzido pelo ser humano. Então o trabalho de mineração está incluído entre os itens da cultura. A mineração tem  uma imagem muito instigante do ponto de vista metafórico que é o ser humano descer às profundezas e dali  trazer a riqueza e o desenvolvimento. O carvão é uma das formas mais baratas de obtenção de energia, eu tenho certeza que o setor terá sempre dos governos o apoio que merece.”
          Gerson Barrey, diretor de Inclusão Digital da secretaria de Estado da Comunicação e Inclusão Digital, que no ato representou a secretária Vera Spolidoro, falou de sua ligação pessoal com a região, pois seus pais são naturais de Arroio dos Ratos. “O governo Tarso inovou ao criar a Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital. Nós temos um desafio muito grande pela frente, e estamos trilhando esse desafio trabalhando de uma forma transversal com outros órgãos de governo, como nessa ação aqui. Um trabalho muito importante para resgatar a história dessa região e principalmente mostrá-la ao mundo”.
Projeto de recuperação total do Museu foi apresentado à comunidade.
          O Prefeito de Arroio dos Ratos, José Hélio Cifuentes  agradeceu o trabalho realizado.“ Esse espaço é  ímpar para a nossa região e para nosso estado. O carvão é uma fonte de elemento social e econômico.  Queremos agradecer a tudo o que foi feito por este museu e  ficamos muito felizes em saber que ainda existem empresas que acreditam na cultura, através da cultura nós seremos um povo muito mais feliz”.
            O diretor administrativo da CRM,  Márcio  Cairuga, emocionado contou o envolvimento da sua   família com a mineração e destacou a importância do momento. “Esse ato está carregado de formas simbólicas.  Nós encontramos o museu deteriorado e hoje, um ano depois, vemos os avanços que teve o museu, isso demonstra que a recuperação do estado é completa. A história cultural das regiões do Rio Grande do Sul é muito importante. Como é importante a historia do carvão com isso tudo. A sociedade gaúcha, brasileira precisa saber a importância que tem o carvão”.
            O diretor presidente da Copelmi, Cesar Weinschenk, lembrou os momentos  históricos que a mineração de carvão possibilitou à região, como a visita da princesa Isabel em 1783 e a participação da sua família neste setor econômico. “ Este é um momento muito importante, reviver este museu é uma tentativa que a Copelmi tentou fazer diversas vezes e não teve o apoio que ora o governo do estado demonstrou, reconhecendo a importância histórica que tem o carvão no Rio Grande do Sul. A história é  a base da educação do nosso povo. Estamos confiantes também na revitalização do uso do carvão como fonte energética no Brasil”.
          O diretor presidente da Procergs, Carlson Aquistapace, demonstrou a satisfação da Procergs em participar da criação do Telecentro. “ Entramos nessa parceria dentro da iniciativa de propor a inclusão digital no estado. E a gente já percebe a melhoria que isso refletiu aqui na comunidade”.
          O ex-diretor do Museu, e atual diretor do departamento Artístico Cultural da Sedac, Manoel Henrique Paulo, apresentou o projeto todo da restauração, que vai incluir ainda a construção de um teatro, um auditório com sala de cinema e salas para cursos e oficinas, uma demanda oriunda da comunidade da região carbonífera..
Também participaram da solenidade o diretor presidente da CRM, Elifas Simas, o diretor superintendente da Copelmi, Carlos Weinschenk, os prefeitos de Candiota, Minas do Leão e Bituá e  vereadores da região.
           Embora não haja previsão de atendimentos diários, o diretor do Museu Estadual do Carvão, Alexsandro Witkowski, acredita que o volume será considerável devido ao interesse da Comunidade sobre o Telecentro. “representará um canal de aproximação do espaço do Museu com a Comunidade da Região Carbonífera do Baixo Jacuí e de outras regiões do Estado”.

Texto: Asscom Sedac